Rotas aéreas são ajustadas em workshop realizado na ABEAR

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizaram, entre 23 e 27 de setembro, o 4º Workshop de Tomada de Decisão Colaborativa de Rotas (CDM, da sigla em inglês), com o objetivo de otimizar a utilização e propor ajustes no banco de rotas aéreas utilizadas no país. O evento foi realizado na sede da ABEAR em São Paulo (SP) e contou com a participação também das empresas GOL, LATAM e PASSAREDO, associadas à ABEAR, além de Azul, American Airlines, Delta Airlines e United Airlines.

Das 190 rotas em vigor, três foram canceladas e 34 modificadas, atendendo demandas das empresas aéreas nacionais e internacionais. O novo banco de rotas deve entrar em vigor a partir de dezembro.

“Esses seminários vêm contribuindo para a adequação do número de rotas ao longo dos anos, o que traz mais agilidade e eficiência para o tráfego aéreo no Brasil. Economia de combustível e de tempo dos voos, além da redução da emissão de CO², são alguns dos reflexos dessas discussões”, afirma o Capitão Leandro Muniz de Souza, chefe da seção de tráfego aéreo do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) e coordenador desta edição do CDM Rotas.

“As empresas nacionais e internacionais estão percebendo a importância da continuidade desse importante trabalho para discutir as rotas a cada ano, o que é muito positivo para o setor. Esta agenda no próximo ano será desafiadora, pois teremos a implementação do Projeto TMA São Paulo Neo, que vai reformular as rotas aéreas da Terminal São Paulo, maior e mais importante terminal do espaço aéreo brasileiro”, afirma o consultor técnico da ABEAR Comandante Paulo Alonso.

Próximos passos

Com a definição, o próximo ponto deste processo é a atualização do banco de rotas e o compartilhamento desses dados com as companhias aéreas. A implementação das alterações é rápida e estará disponível para as companhias antes de entrar em vigor, na plataforma AISWEB do DECEA, na seção de rotas preferenciais. Para as empresas brasileiras, o envio dos dados será feito diretamente pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do DECEA responsável pelo controle do fluxo do espaço aéreo brasileiro. No caso das companhias internacionais que operam no Brasil, a intermediação desse processo ficará a cargo da IATA.

 

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