Tarifa aérea doméstica tem queda de 2,56% no 1º semestre e chega ao menor valor desde 2002

A tarifa aérea média doméstica real (corrigida pela inflação) no primeiro semestre de 2017 foi de R$ 323,62 – queda de 2,56% em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com o valor médio real do bilhete no primeiro semestre de 2002 (início do período de liberdade tarifária), em 15 anos a redução chega a 45,37%. O valor da tarifa apurado agora está no nível mais baixo para um primeiro semestre na série histórica de acompanhamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) iniciada em 2002.

 

Segundo a agência, 58,2% dos bilhetes aéreos vendidos de janeiro a junho foram comercializados por menos de R$ 300. Já as passagens comercializadas abaixo de R$ 100 representaram 10,2% do total. Acima de R$ 1,5 mil, apenas 0,4%.

 

“Essa queda no preço das tarifas aéreas reflete o nosso esforço para nadar na contramão da crise, procurando oferecer cada vez mais opções aos passageiros. Na quinta-feira (21), quando anunciarmos os primeiros dados coletados sob a nova regra das bagagens, teremos notícias muito interessantes para os consumidores”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz.

 

Preços mais baratos durante a retomada

Refletindo o ambiente do país, entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017 a aviação doméstica acumulou 19 resultados de retração de demanda de passageiros. Para atravessar a crise e manter preços acessíveis, durante a turbulência as companhias empreenderam grandes esforços de eficiência, até mesmo com a devolução de aeronaves. Com o começo da retomada econômica nacional e a inflação geral gradativamente arrefecendo nesse ano, a partir de março o setor também passou a experimentar reação.

 

As principais varáveis que afetam os custos do transporte aéreo doméstico, como o preço do petróleo do mercado internacional (ao qual está atrelado o valor combustível aeronáutico vendido no Brasil) e a taxa de câmbio do Real em relação ao Dólar (que indexa a maior parte das despesas, como o próprio combustível, contratos de leasing e seguros), também apresentaram recentemente comportamento mais estável, dando previsibilidade à condução dos negócios.

 

Nesse ambiente, ao final dos primeiros seis meses de 2017 (em relação a igual período de 2016), a demanda doméstica acumulava crescimento próximo de 1%, para uma oferta praticamente estável. O momento de recuperação econômica e a maior eficiência no setor possibilitaram, assim, a manutenção da trajetória de barateamento das passagens aéreas conforme evidenciado pela tarifa aérea média doméstica apurada no primeiro semestre de 2017.

info tarifa

Acesse todas as notícias