Recessão no Brasil é destaque em relatório da IATA

A piora do cenário econômico brasileiro foi o destaque negativo em relatório divulgado hoje pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês IATA), com dados operacionais do setor. Nele, a entidade informa um crescimento de 7,5% na demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais em outubro, em relação a igual mês de 2014. Em contrapartida, no Brasil esse índice recuou 6% na mesma base de comparação.

“A história da indústria de viagens aéreas é geralmente boa, mas há alguns pontos fracos. O transporte aéreo brasileiro, por exemplo, foi pego por uma perfeita tempestade de aprofundamento de sua recessão, altos custos e moeda fraca. Na maior parte do mundo, contudo, nós vemos uma forte demanda por viagens aéreas, superior ao crescimento da capacidade”, afirmou o diretor-geral e CEO da IATA, Tony Tyler.

O resultado brasileiro foi o pior em todo o mundo, segundo a IATA. Só a Austrália também teve índice negativo de demanda, de 0,7%. No último dia 26 de novembro, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) divulgou os resultados operacionais de suas associadas: http://www.agenciaabear.com.br/dados-e-fatos/demanda-por-viagens-aereas-domesticas-cai-quase-6-em-outubro/

A oferta global de assentos teve alta de 5,7% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado. A taxa média de ocupação dos aviões ficou em 80,5%. A queda no preço médio global das passagens aéreas, em torno de 5% no acumulado dos oito primeiros meses de 2015, tem contribuído para o bom desempenho mundial do setor, de acordo com a IATA.

De janeiro a outubro, a demanda por viagens aéreas acumula alta de 6,8%, ante igual período de 2014. A capacidade das aeronaves mostrou crescimento de 6% na mesma base de comparação, com taxa média de aproveitamento dos aviões de 80,7%.

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