Rankings de acidentes não refletem segurança das empresas aéreas

Em relação à avaliação dos níveis de segurança operacional das empresas aéreas, a ABEAR se posiciona fortemente em contrário à hierarquização por meio de rankings. Tais listas são elaboradas utilizando critérios muito díspares entre si, frequentemente pouco transparentes ou adequados. Esses critérios variam, por exemplo, quanto ao período analisado, à contribuição ou não das empresas para as causas de acidentes, a incorporação de dados de simples incidentes, além da inclusão de números da aviação geral juntamente com os da aviação regular. Em resumo, não são avaliações aprofundadas, mas simples apanhados de estatísticas organizados conforme a conveniência. Esse aspecto fica evidente pelas contradições entre rankings recentemente divulgados, envolvendo companhias brasileiras e estrangeiras, alocadas em posições bastante diferentes em uma ou outra lista. Por isso tais levantamentos, apesar de renderem manchetes, não recebem crédito de profissionais do setor familiarizados com avaliações técnicas detalhadas.

As referências mais importantes para sociedade devem ser os certificados de autoridades públicas e auditorias de órgãos independentes, que consideram milhares de aspectos em diversas áreas (como manutenção, operações, aeronaves, instalações, tripulações) e são amplamente respaldados pela comunidade aeronáutica mundial, tais como a OACI (Organização de Aviação Civil Internacional), IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), FAA (Administração Federal de Aviação), AEASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) e, aqui no Brasil, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

As associadas ABEAR possuem uma das frotas de aeronaves mais novas, modernas e seguras do mundo. Os pilotos brasileiros desfrutam de prestígio internacional por sua capacidade. E os centros de manutenção de nossas empresas prestam serviços de alto nível, inclusive para companhias estrangeiras. A indústria do transporte aéreo teve, em 2013, seu ano mais seguro desde 1945 (quando as estatísticas começaram a ser coletadas) e no Brasil não foi diferente: não tivemos nenhum acidente aeronáutico a lamentar na aviação comercial regular.

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