Qual o papel do piloto automático durante um voo?

O piloto automático de uma aeronave comercial colabora para a segurança e eficiência da operação aérea e tem uma série de funcionalidades em um voo. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) esclarece as principais desse mecanismo.

Direção e altitude

A ferramenta tem, como atribuição principal, manter a direção (esquerda e direita) e altitude da aeronave, o que contribui para redução do tempo de voo e economia de combustível. “O equipamento permite também que o piloto fique atento a outros temas e parâmetros durante o voo, como a leitura de boletins meteorológicos e a análise de informações presentes no painel da aeronave. Isso é essencial para a segurança do voo”, diz o consultor técnico da ABEAR, Raul Souza.

Como funciona?

O piloto automático é constituído de sensores, processadores e atuadores. Os sensores (que medem altitude, velocidade, direção e localização, por exemplo) fornecem informações para os processadores e os computadores de bordo. Já os atuadores são dispositivos eletrônicos e hidráulicos que acionam os controles do avião. O piloto automático pode ser ativado e desativado pelo piloto a qualquer momento. Para isso, basta pressionar um dos botões específicos localizado no painel ou manche da aeronave.

Requisito em procedimentos

Para realizar uma aproximação com baixa visibilidade, em uma pista equipada com sistema de precisão para pouso, especificamente o Instrument Landing System (ILS) categoria III, é necessário o uso do piloto automático. A exceção ocorre somente em algumas aeronaves equipadas com o Head Up Display (HUD), equipamento que permite a aterrissagem manual. Caso contrário, o piloto só pode realizar o procedimento manualmente em aeroportos equipados com ILS categorias I e II.

O dispositivo também é essencial para manter a distância vertical entre outras aeronaves no tráfego aéreo. A condição de voo, chamada Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM), faz com que os aviões mantenham, entre eles, uma distância mínima vertical de 1.000 pés (aproximadamente 300 metros), aumentando a eficiência das rotas aéreas. “Quando ocorre algum problema no piloto automático, a tripulação deve comunicar o controlador de voo, que autoriza o avião a sair da rota por medida de segurança”, diz Raul Souza. São raros episódios desse tipo, visto que os aviões são equipados com um ou mais pilotos automáticos, além de computadores substitutos de prontidão.

 

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