Jornada Asas do Bem, da ABEAR, encerra ciclo de palestras de 2019 com público superior a 2 mil pessoas

A Jornada Asas do Bem, série de palestras da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) para destacar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação para viabilizar os transplantes, encerrou o ciclo de apresentações de 2019 com a marca de 2 mil participantes no período. Ao longo do ano, foram realizadas 23 palestras em 14 cidades de nove estados mais o Distrito Federal.

Desde 2018, quando foi lançada, a Jornada Asas do Bem já passou por 15 estados e o Distrito Federal e reuniu quase 4 mil pessoas em eventos promovidos por hospitais, centrais de transplante, companhias aéreas e iniciativas sociais. O público é formado por profissionais da saúde, transplantados, pacientes na fila de transplante, estudantes, jornalistas e interessados em geral.

As apresentações são conduzidas pelo publicitário Alexandre Barroso, 60 anos, que conta sua história de luta pela vida depois de três procedimentos de transplante (dois de fígado e um de rim). Além da importância sobre a doação, Barroso enfatiza o papel da aviação para os transplantes. A ação faz parte do Asas do Bem, programa criado em 2014 pela ABEAR que aborda a importância do transporte aéreo gratuito de órgãos realizado pelas empresas aéreas desde 2001.

“Neste ano, estivemos presentes em mais cidades, podendo mostrar – além do trabalho humanitário das companhias aéreas – o engajamento do setor na doação de órgãos. Como diz o Alexandre Barroso, não faltam doadores no país, faltam doações” afirma o consultor em Comunicação da ABEAR, Adrian Alexandri. “Temos condições de transportar mais órgãos pois o sistema como um todo funciona muito bem. Precisamos é sensibilizar mais e mais pessoas”, completa.

Eficiência e agilidade

No ano passado, cerca de 8,7 mil itens para transplante (órgãos, tecidos, equipes médicas, entre outros) foram transportados gratuitamente por aviões, sendo que aproximadamente 80% do volume foi movimentado por empresas aéreas brasileiras (os demais transportes são referentes a operações de companhias aéreas estrangeiras, voos privados e da Força Aérea Brasileira, ou transporte terrestre, por exemplo). O esforço inclui, além das companhias aéreas, o Ministério da Saúde, a Central Nacional de Transplantes (CNT), o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e operadores aeroportuários.

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo SUS. Em números absolutos, o Brasil tem o segundo maior volume de transplantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados do Ministério da Saúde. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública.

Adrian Alexandri ressalta que, em um país com dimensões continentais, a participação das companhias aéreas é de extrema importância para oferecer a agilidade necessária para que um órgão possa ser transportado de uma região para outra, mantendo as condições de conservação adequadas para cirurgia. “Além do benefício de conectar pessoas, o transporte aéreo traz uma série de efeitos positivos de caráter social e um deles é salvar vidas, com a agilidade na entrega dos órgãos para doação”, diz.

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