Eventos da Jornada Asas do Bem reúnem mais de 1000 pessoas durante o Setembro Verde

Alexandre Barroso

A Jornada Asas do Bem, série de palestras criada pela ABEAR para divulgar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação comercial brasileira para viabilizar transplantes no país, esteve em seis cidades durante o Setembro Verde, mês da conscientização da doação de órgãos e tecidos.

No período, mais de 1.000 pessoas nas cidades de São Paulo (SP), Sumaré (SP), Sorocaba (SP), Aracaju (SE), Guarulhos (SP) e Belém (PA) assistiram às apresentações do publicitário Alexandre Barroso, de 60 anos, que já passou por três procedimentos de transplantes. As palestras foram voltadas para profissionais da saúde, estudantes, funcionários de companhias aéreas e público em geral.

Lançada em 2018, a Jornada Asas do Bem já passou por 13 estados e o Distrito Federal, reunindo cerca de 3,4 mil pessoas em eventos realizados por hospitais, centrais de transplante e iniciativas sociais. Além da importância sobre a doação, Barroso enfatiza o papel da aviação para os transplantes. A ação é uma extensão do Asas do Bem, programa lançado em 2014 pela ABEAR que aborda a importância do transporte aéreo gratuito de órgãos realizado pelas empresas aéreas desde 2001.

Eficiência e agilidade

No ano passado, cerca de 8,7 mil itens para transplante (órgãos, tecidos, equipes médicas, entre outros) foram transportados gratuitamente por aviões, sendo que aproximadamente 80% do volume foi movimentado por empresas aéreas brasileiras (os demais transportes são referentes a operações de companhias aéreas estrangeiras, voos privados e da Força Aérea Brasileira, ou transporte terrestre, por exemplo). O esforço inclui, além das companhias aéreas, o Ministério da Saúde, a Central Nacional de Transplantes (CNT), o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e operadores aeroportuários.

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo SUS. Em números absolutos, o Brasil tem o segundo maior volume de transplantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados do Ministério da Saúde. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública.

O consultor em comunicação da ABEAR, Adrian Alexandri, ressalta que em um país com dimensões continentais a participação das companhias aéreas é de extrema importância para oferecer a agilidade necessária para que um órgão possa ser transportado de uma região para outra, mantendo as condições de conservação adequadas para cirurgia. “Além do benefício de conectar pessoas, o transporte aéreo traz uma série de efeitos positivos de caráter social e um deles é salvar vidas, com a agilidade na entrega dos órgãos para doação”, diz.

 

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