Disparada do preço do combustível dos aviões (QAV) e dólar impactam aviação comercial

Os dados divulgados hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirmam o que a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) vem divulgando reiteradamente, ao revelar que a tarifa média do 1º trimestre de 2018 é uma das mais baixas da série histórica, desde a implantação da liberdade tarifária em 2002. Isto ocorre apesar de o querosene de aviação (QAV)  ter aumentado de preço nos últimos 12 meses em quase 48%, o que compromete, em média, um terço do preço do bilhete aéreo. Da mesma forma, o dólar já acumulou alta de 16,4% este ano, impactando diretamente os custos do setor aéreo (dolarizados em cerca de 60%). Ambos os fatores são os que mais afetam a precificação dos bilhetes aéreos.

Por conta disso,  desde o início do ano as companhias vêm buscando alternativas para evitar repassar tais custos integralmente aos passageiros, por meio de ajustes nos valores de serviços adicionais (bagagem e assento) para não impactar o bilhete básico. A ABEAR reafirma que desde a entrada em vigor das novas regras de bagagens, há cerca de um ano, as suas associadas passaram a oferecer uma nova classe tarifária, com valores menores que as demais existentes e com direito a bagagem de mão de até 10 quilos por passageiro. Hoje, cerca de dois terços dos bilhetes aéreos vendidos para voos domésticos são desta categoria. Um indicativo da eficiência desta classe tarifária, proporcionada pelas novas regras das bagagens, é que mais de meio milhão de passageiros voltaram a usar transporte aéreo, na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado.

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