Demanda global por viagens aéreas cai 91,3% em maio

A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais teve queda de 91,3% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje (1º) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). É uma leve melhora em comparação ao mesmo indicador de abril, até então o pior mês do setor durante a pandemia do novo coronavírus, que registrou declínio de 94,3%. A recuperação de alguns mercados domésticos, sobretudo a China, impulsionou os indicadores do mês. A oferta de assentos nos aviões diminuiu 86% na mesma comparação, com retração da taxa de ocupação das aeronaves de 31 pontos percentuais, para 50,7%.

“Maio não foi tão terrível quanto abril. Essa é a melhor coisa que podemos dizer. Os números mostram que a recuperação da demanda está acontecendo nos mercados domésticos. Voos internacionais permanecem virtualmente parados em maio. Nós estamos apenas no início de uma longa e difícil recuperação. E há uma enorme incerteza sobre o impacto que um ressurgimento de casos do Covid-19 poderia ter em mercados importantes da aviação”, diz o diretor geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac.

De janeiro a maio, o transporte aéreo global de passageiros acumula queda de 52,2%, diante de igual período do ano passado. A oferta, por sua vez, mostra retração de 44,8% na mesma comparação, com a taxa de ocupação dos aviões de 70,5%, recuo de 11 pontos percentuais.

Cargas
O transporte aéreo global de cargas recuou 20,3% em maio, diante de maio 2019. A capacidade dos aviões para essa atividade teve queda de 34,7% na mesma comparação. O aproveitamento das aeronaves ficou em 66,4%, diminuição de 10,4 pontos percentuais. Nos cinco primeiros meses do ano, essa atividade acumula queda de 13,8%, em relação ao mesmo período de 2019. A capacidade dos aviões mostra declínio de 20,9% na comparação anual, com o aproveitamento das aeronaves de 51,3%, alta de 4,2 pontos percentuais.

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