Avançou 3,82% a procura por voos domésticos no Brasil em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado. Em igual base de comparação, a oferta teve ligeira ampliação de 0,68%. O aquecimento da demanda em um momento em que a indústria ainda repõe a capacidade desfalcada pela saída de uma empresa do mercado levou à melhoria do fator de aproveitamento das operações em 2,54 pontos percentuais, atingindo o nível de 84,00% de ocupação dos voos no mês. Foram realizadas pouco mais de 8,4 milhões de viagens aéreas domésticas em outubro, acréscimo de cerca de 420 mil passageiros sobre o ano anterior, equivalente a uma alta de 5,25% no volume total.

Como temos destacado ao longo do ano, nesse cenário de reacomodação, em perspectiva individual os desempenhos das principais companhias em outubro são novamente distintos daqueles consolidados para aviação doméstica, sendo mais positivos. Os dados ABEAR incluem as operações de suas associadas (GOL, LATAM, MAP, TWOFLEX e VOEPASS) e números agregados das demais empresas atuantes no mercado nacional.

Acumulado no ano – Doméstico

Na comparação do acumulado de 10 meses deste ano com o mesmo período de 2018, a demanda doméstica apura leve crescimento de 0,63% para uma oferta 1,65% menor. Com a intensificação da procura para uma disponibilidade mais limitada de transporte, o fator de aproveitamento do período apurou melhoria de 1,87 ponto percentual, alcançando 82,64% de ocupação dos voos. Somam aproximadamente 78,3 milhões os passageiros domésticos transportados no ano, total 1,41% maior do que em 2018 (quase 1,1 milhão de viajantes adicionais).

MERCADO INTERNACIONAL

Assim como mencionado para o mercado doméstico, para o mercado internacional as estatísticas das associadas ABEAR são apresentadas juntamente com o agregado das demais companhias brasileiras. Este grupo de empresas representa cerca de 30% das operações aéreas internacionais envolvendo o Brasil. A parcela restante é detida por empresas de bandeira estrangeira.

Os resultados consolidados do mercado internacional, por sua vez, seguem em viés de gradual piora ao longo deste ano, em oposição ao apontado para os voos dentro do Brasil. Os desempenhos individuais das principais transportadoras brasileiras também são menos uniformes em comparação com o que se vê no mercado doméstico. Possíveis explicações seguem sendo estratégias distintas das operadoras, além da desvalorização da moeda brasileira, o que afeta o comportamento do público consumidor para as viagens internacionais.

Em outubro, a demanda por transporte aéreo internacional enfraqueceu 10,07% em relação ao mesmo mês de 2018. Em idêntico critério de análise, a oferta registrou retração de 13,80%. O descompasso entre oferta e demanda levou ao incremento de 3,53 pontos percentuais do fator de aproveitamento das operações, situado em 85,02% no mês. A despeito do aumento da ocupação dos voos, o volume de passageiros transportados pelas aéreas brasileiras registrou expressivo recuo de 14,34%, resultando em um total de 656 mil viajantes atendidos no mês (decréscimo de 110 mil pessoas).

Acumulado no ano – Internacional

Em 10 meses acumulados, a demanda por transporte aéreo internacional registra avanço de 2,13%, ante uma oferta em ligeira diminuição de 0,27%. O fator de aproveitamento tem melhoria de 1,98 ponto percentual para 84,43% de ocupação dos voos no período. O total de passageiros transportados se aproxima de 7,7 milhões de pessoas, volume em baixa de 0,44% na comparação com o mesmo intervalo de 2018 (menos 34,4 mil viagens).

TRANSPORTE DE CARGA E CORREIO

As estatísticas de carga e correio incluem as operações das associadas GOL, LATAM, LATAM CARGO e TWOFLEX, além do registro agregado dos transportes realizados pelas demais empresas brasileiras. Os números de MAP e VOEPASS têm hoje caráter de registro estatístico.

O conjunto de empresas brasileiras transportou em outubro aproximadamente 42,2 mil toneladas de carga no mercado doméstico (alta de 1,88 %) e 17,5 mil toneladas no mercado internacional (baixa de 28,59%).

No acumulado dos 10 meses do ano foram movimentadas 371,1 mil toneladas de carga em rotas domésticas (retração de 3,54%) e 185,9 mil toneladas nas rotas internacionais (recuo de 20,94%).

Confira as planilhas completas e infográficos com as estatísticas na área de Dados e Fatos do site da ABEAR.