Associadas ABEAR realizam 87% dos transportes aéreos para transplantes no 1º quadrimestre do ano

AVIANCA, AZUL, GOL e LATAM efetuaram 87.5% de todos deslocamentos necessários para a realização de transplante no Brasil nos quatro primeiros meses de 2018. Em números absolutos, foram aproveitados 1.427 voos comerciais da malha aérea regular destas empresas para tal finalidade médica. Os demais transportes, 203, dizem respeito a movimentações em outra empresa aérea nacional, em companhias estrangeiras, em voos privados, da Força Aérea Brasileira, Correios e por via terrestre. Em particular, todos os transporte realizados pelos membros da ABEAR são promovidos de forma gratuita para o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). No âmbito da Associação, o esforço recebe desde 2014 o nome de programa Asas do Bem.

A iniciativa humanitária da aviação comercial brasileira, que remonta a 2001, é atualmente regida por Termo de Cooperação celebrado entre o Ministério da Saúde, Comando da Aeronáutica, aeroportos e companhias aéreas. O acordo garante, entre outros aspectos, a presença 24h de um profissional da Central Nacional de Transplantes (CNT) dentro do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA, no Rio de Janeiro) para facilitar a identificação do melhor voo, além de prioridade de pousos e decolagens para todos os voos comerciais realizando deslocamentos de órgãos, tecidos, equipes médicas e demais insumos para os procedimentos de saúde.

Neste aspecto, nos voos das empresas ABEAR mencionados anteriormente, viajaram 2.922 órgãos, tecidos e equipes médicas para transplantes na rede pública. O número equivale a 81,21% do total de 3.598 itens transportados pelo SNT no período. Os dados são do Ministério da Saúde.

Para o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, a atuação das empresas aéreas é fundamental para possibilitar a preservação das vidas das pessoas que aguardam pelo surgimento de doadores compatíveis e que podem estar a grandes distâncias. “A logística operacional é complexa. Nos casos mais delicados, como transplantes de pulmão ou coração, são apenas quatro horas entre a extração e o reimplante antes que um órgão sofra isquemia (morte de tecidos) fora do corpo humano”, explica. “É uma corrida contra o tempo, e nessas situações o avião tem a capacidade de salvar vidas”.

Somente no âmbito do programa Asas do Bem, as aéreas brasileiras viabilizam o deslocamento de cerca de 7 mil órgãos, tecidos e equipes médicas por ano, contribuindo para que o país tenha o maior sistema público de transplantes do mundo.

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