FOLHA DE SÃO PAULO
Delta terá custo adicional de US$2 bi com combustível, diz presidente
NOVA YORK
A Delta Air Lines deve gastar R$ 2 bilhões a mais neste ano devido ao aumento de despesas
com combustível, disse nesta quarta-feira (27) o presidente-executivo da companhia aérea, Ed
Bastian.
No começo do mês, a Delta reduziu sua projeção de lucro no segundo trimestre por conta do
aumento de 50% nos seus gastos com combustíveis. A expectativa do preço das ações caiu
de US$ para para US$ 1,65/US$ 1,75.
O gasto cada vez maior com combustível já pesou sobre os resultados de outras companhias
aéreas. Em abril, a American Airlines reduziu sua estimativa de lucro anual.
A Delta, que é uma das sócias da brasileira Gol, e os concorrentes esperam que uma
demanda forte, preços mais altos das passagens aéreas e benefícios com redução na carga
tributária nos EUA possam compensar o impacto dos preços mais elevados do combustível.
As ações da Delta recuaram cerca de 2% nesta tarde, para US$ 50,04, tendo desempenho
pior que o do índice que reúne papéis do setor nos EUA.
‘Mini A350’, A330neo da TAP visita Brasil em voos de teste
Guilherme Magalhães
Ainda ostentando o cheiro de avião novo e uma fuselagem de pintura impecável, o primeiro
A330neo do mundo fez uma breve visita ao Aeroporto Internacional de Guarulhos na última
sexta-feira (22). Ele também passou pelo Galeão, no Rio, e Recife.
A TAP, que é a cliente de estreia do modelo, deve operar a aeronave na rota São Paulo-Lisboa
a partir de outubro. A Folha esteve em dos voos de teste do modelo.
Até o fim deste ano, a aérea de Portugal espera receber 7 dos 21 A330-900 encomendados
em novembro de 2015, depois de desistir do pedido original de 12 A350 em meio à
reestruturação promovida na companhia com a chegada do consórcio Atlantic Gateway, que
tem entre seus integrantes o fundador da Azul, David Neeleman.
Em um movimento semelhante ao que fez a Azul quando trocou seus pedidos de A350 para
A330neo, a TAP entendeu que não fazia sentido ter um avião com alcance de 15 mil km com
uma operação focada nas Américas, onde um modelo que faz até 13,3 mil km é o suficiente.
Além disso, os custos operacionais de leasing para o A350 giram em torno de US$ 1,4 milhão
por mês (R$5,3 milhões), enquanto o A330neo fica em US$ 800 mil mensais (R$ 3 milhões).
Ao contrário do A330neo, que atualiza o A330 lançado há 24 anos, o A350 é um projeto
inteiramente novo pensado para o mercado de aeronaves entre 280 e 366 passageiros.
Logo, a estratégia da Airbus foi vender o A330neo, que leva de 257 a 287 passageiros e tem
várias melhorias lançadas primeiro no irmão maior, como um “mini A350”.
O design reforça isso, com a adoção da máscara negra do A350 no pára-brisa e os novos
sharklets —a pontinha da asa—, que otimizam a aerodinâmica do avião. A própria asa tem
curvatura bem mais suave que a do A330 que se vê hoje nos céus.
Os novos motores Trent 7000 da Rolls-Royce, que também têm tecnologia derivada do A350
e são mais silenciosos, permitem redução de 11% no consumo de combustível frente aos
atuais A330 —aliás, o neo vem de New Engine Option (nova opção de motor).
Por dentro, encontra-se a mesma cabine Airspace inaugurada com o A350 em 2015, com
bagageiros internos 66% maiores do que o atual A330.
Desde o lançamento do programa A330neo, em 2014, a Airbus recebeu 214 pedidos do -900,
menos do que o esperado na época. A variante menor, o -800neo, segue sem compradores,
depois que seis pedidos foram cancelados.
A fabricante europeia, porém, aposta na janela de renovação de frotas dos primeiros A330 e
A340, que já completaram 20 anos, além do Boeing 767, que tem o mesmo porte e foi
introduzido em 1982, e do 777-200, a menor versão desse jato da Boeing. Segundo a Airbus,
cerca de cem A330 em operação atualmente terão mais de 20 anos até 2020.
No portfólio da TAP, o A330neo vai permitir uma possível expansão até a Costa Oeste dos
Estados Unidos, ligando Lisboa a San Francisco, por exemplo.
A companhia portuguesa tem ainda 14 encomendas do novo A321LR (Long Range), uma
atualização do A321 que permitirá voos de Lisboa à Costa Leste dos EUA. Vale lembrar que,
enquanto A330neo e A350 são aviões de fuselagem larga (widebodies, com dois corredores
centrais), o A321 tem fuselagem estreita (narrowbody, com apenas um corredor).
Em tempo, a Azul espera receber seu primeiro A330neo até o fim deste ano, tornando-se a
primeira aérea brasileira a operar o modelo.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Azul lança oferta no exterior de ações detidas pela chinesa Hainan
G1
Após resolução da Anac, pelotão dos bombeiros que atua no aeroporto
de Uberaba deixará o local
Novas regras na via de entrada do aeroporto de Florianópolis facilitam
embarque e desembarque de passageiros
Homem só de cueca invade pista de aeroporto em Atlanta e sobe em
asa de avião
BOM DIA BRASIL
Número de balões perto de aeroportos aumenta 10% no primeiro semestre
https://globoplay.globo.com/v/6837403/
PANROTAS
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MERCADO E EVENTOS
Avianca tem tarifas promocionais para a Europa
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-tarifas-promocionais-para-a-europa/
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http://www.mercadoeeventos.com.br/noticias/servicos/
capsula-do-tempo-no-floripa-airport/
Temer sanciona Acordo de Céus Abertos com os Estados Unidos
Air Canada Brasil inaugura novo endereço em São Paulo
VALOR
Azul lança oferta para venda de fatia do HNA
Por Paula Selmi e Marcelle Gutierrez | De São Paulo
A Azul lançou uma oferta pública de ações no exterior para que sua acionista Hainan Airlines
Holding, do grupo chinês HNA, venda a participação que detém na companhia aérea brasileira.
A fatia é de 17,95% do total de ações preferenciais da empresa.
O preço da operação foi fechado em US$ 16,15 por American Depositary Share (ADS). Com
esse valor, a oferta deve movimentar aproximadamente US$ 313 milhões.
Ontem à noite, a Azul informou a conclusão do procedimento de coleta de intenções de
investimento ("bookbuilding") referente à distribuição secundária de ações. Segundo a
companhia brasileira, a liquidação financeira está prevista para 29 de junho e abrange
19.379.335 ADSs, equivalentes a 58.138.005 ações preferenciais.
A fatia representa a totalidade dos papéis da Azul detidos pela Hainan, com exceção de uma
ação remanescente após a formação das ADSs, da qual a acionista vai dispor após a
conclusão da venda, informou a aérea brasileira. Nenhum outro acionista está vendendo
ações ou ADSs nessa oferta.
Com a operação, a Hainan não terá mais o direito de indicar membros para o conselho de
administração da Azul. A companhia é a quarta maior do setor aéreo na China e entrou como
sócia na empresa brasileira em 2015, ao comprar 22,7% de suas ações preferenciais por
US$ 450 milhões.
O grupo HNA vem vendendo ativos desde o início de 2018 para reduzir seu endividamento,
após gastar mais de US$ 40 bilhões com aquisições nos últimos anos. Em março, se desfez
da participação que tinha na rede de hotéis Hilton.
Em abril, foi a vez de diminuir a fatia na Azul para 17,95% das ações preferenciais. Seus
papéis foram vendidos para outra sócia estrangeira da Azul, a americana United Airlines,
cuja fatia na companhia brasileira subiu de 3,7% para 8%.